Aula Magna do curso de Arquitetura e Urbanismo

No intuito de apresentar e reforçar, de forma objetiva, a estrutura do curso de Arquitetura e Urbanismo, as normas e estrutura da Faculdade São Francisco do Ceará FASC, assim como motivar os discentes para a continuidade do semestre acadêmico, a instituição recebeu o arquiteto e urbanista Wilson Maia para uma ‘Aula Magna’ na última quarta-feira, 21. Também participaram da aula os acadêmicos do curso de Engenharia Civil.

Wilson Maia é arquiteto e urbanista formado pela Universidade Federal do Ceará (UFC) em 1997, pós-graduado com especialização em engenharia urbana pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR). O contato com os acadêmicos foi marcado com uma breve introdução sobre aspectos demográficos, econômicos, históricos e sociais do município. “Retornar ao lugar onde cursei meu ensino regular [antigo Colégio São José] é muito satisfatório, ainda mais dar as boas-vindas a esses futuros colegas. Hoje a FASC oferece à cidade a oportunidade de ter uma nova página sua história, pela força que o curso possui no desenvolvimento de toda a sociedade que passa pelas mãos desses profissionais”, ressaltou.

Para José Roberto Duarte, Diretor do Ensino da FASC, a iniciativa tem função primordial no processo de formação acadêmica. “A Aula Magna tem um papel de apresentar as discussões e produções que estão sendo realizadas no momento, servindo de certa maneira como um catalisador de debates no âmbito acadêmico”, observa. “E, ao extrapolar os limites da sala de aula e mesmo das instituições de ensino, ela proporciona também o encontro entre os profissionais, estudantes e professores de nossa cidade”, completa.

A aula foi prestigiada por alunos dos cursos de arquitetura e engenharia civil – Foto Divulgação

O arquiteto iguatuense segue marcando época na cidade pela transformação de equipamentos públicos, praças da cidade e estabelecimentos de patrimônio privado. A proposta da aula era um passeio pela cidade e trabalhos assinados pelo profissional. “Espero ter conseguido entusiasmar a turma e inspirá-los. Pudemos passear nesse acervo que tivemos a chance de edificar no decorrer desses anos, trocar informações e falar de suas peculiaridades”, disse.

Patrimônio

O aspecto histórico de preservar o patrimônio aliado com as tendências do que é moderno na construção civil ainda foi abordado pelo arquiteto que define a união dos dois pontos como uma questão de sobrevivência para reforçar a memória e identidade de uma região. “A arquitetura de maneira geral é um marco civilizatório, do tempo e época, e suas manifestações terminam culminando em expressões arquitetônicas. O ambiente da universidade é propício para defender esses valores”, pontuou.

Iguatu foi marcado pela presença de grandes casarões e patrimônios históricos. O centro residencial de Iguatu não é mais o mesmo de cinquenta anos atrás. Nem poderia ser por circunstâncias naturais, pelo próprio tempo e o crescimento da cidade. Ao longo dos anos, num processo relativamente acelerado os imóveis residenciais que eram maioria no quadrilátero da Praça da Matriz foram sumindo. “Iguatu passa há algum tempo pela ‘periferização’, a saída das residências do centro da cidade. A mudança de casas para comércios descaracteriza muito a cidade. A cidade e as pessoas podem perder a identidade. Só se preserva o que conhece e só se conhece o que se preserva”, afirmou o arquiteto.

Dos cerca de 60 imóveis deste entorno, pelo menos 50% já foram transformados em pontos comerciais; clínicas médicas, restaurantes, pizzarias, bares, lanchonetes e órgãos públicos.

Pioneiro

O curso de Arquitetura e Urbanismo da FASC é o único da Região Centro-Sul e tem atraído significativa procura. A portaria do curso acadêmico foi aberta no mês de julho deste ano e conta no momento com 23 alunos. Já está marcado o próximo vestibular para o dia 9 de dezembro. “Curso generalista voltado com sua aplicação de conhecimento associando às tecnologias a serem desenvolvidas na região”, disse o professor doutor Joseneto de Souza, coordenador do curso.